terça-feira, 3 de outubro de 2017

Texto do Sr. "Zico da Caixa" sobre o tema CASA de setembro/2017


O "Sr. Zico da caixa", como é chamado, nos presenteou com o texto abaixo,baseado no tema literário de setembro/2017 - CASA.


A S A 

            Nossa língua é mesmo rica em sinônimos, figuras de retórica, neologismo e um sem número de palavras parecidas, o que deixa os estrangeiros que pretendem estuda-la atrapalhados na hora de aplicar a gramática.

            Querer enumerar aqui as dificuldades que se apresentam aos que querem conhecer melhor esta “última flor do Lacio, inculta e bela”, como disse o bardo lusitano chega a ser um truísmo, tanto são elas e tanto são proclamadas nas escolas, na mídia, seja escrita, falada ou televisiva.

            Assim sendo, seria temeridade de parte de um escrevinhador de crônicas de um jornal interiorano querer dar uma opinião, ou criticar este ou aquele que às vezes por um simples descuido cometeu um erro de gramatica, aliás, hoje com a internet, os smartphones e cia. bela o emprego, ao escrever ou falar um português castiço “já era”. Vale tudo, ajam vistas para as barbaridades pronunciadas por pessoas de elevados cargos administrativos, portadores de diplomas e títulos universitários, líderes políticos, apresentadores de televisão, etc, e até mesmo um ex-presidente da República e alguns de seus “cumpanheiros”.

            Isto dito, passo a enumerar o que significa o despretensioso termo “CASA”, que tanto serve para designar a moradia de alguém como a fendazinha da roupa por onde entrar o botão que irá fixar convenientemente uma peça de vestuário; dar a medida confortável exata para a apertura de um cinto; mostrar a localização dos diversos estágios de um jogo de salão, como o xadrez, o ludo, a trilha e outros, forante os que, com certeza tenha escapado a este meu pinçamento.

            Temos também a expressão “casa bem com”, como por exemplo quando dizemos “o azul casa bem com o rosa neste vestido”; na conhecidíssima frase “quem casa quer casa”, ou ainda a ameaça já ouvida por muitos don juans de araque “ou você agora casa com minha filha, ou mando-o para o inferno já, já”; ou como propaganda comercial “compre na casa tal, esteja à vontade, como se estivesse em sua própria casa”.

            Como se vê, é praticamente impossível enumerar todas as implicações causadas pela colocação de uma simples palavrinha grafada convenientemente num texto qualquer. Não sendo de admirar, pois, que os “gringos” queixem-se de que o português, principalmente o do Brasil, seja um bicho de sete cabeças para eles.



Por Lázaro Sylvio de Almeida Franco, o Zico da Caixa

Nenhum comentário:

Postar um comentário